Gustavo Maia Gomes
Até ontem, o Partido dos Trabalhadores tinha dois pré-candidatos a prefeito do Recife: Maurício Rands (deputado federal; secretário de Governo de Pernambuco) e João da Costa (atual prefeito). Sem se entenderem, os dois foram às prévias, no dia 20/5. Venceu João da Costa. Venceu, mas não levou. As prévias foram anuladas pelo partido, em São Paulo.
A direção do PT a legou quatro razões para não acatar os resultados do Recife: a) indefinição do colégio eleitoral; b) falhas na votação – mas não fraude; c) recursos (das duas partes) ao Judiciário; d) sistema de votação em desacordo com resolução do Diretório Nacional.
Ninguém foi punido. (“Não houve fraude”). Portanto, no momento em que um dos dois contendores desistiu (como Rands o fez, ontem), o natural é que o outro fosse aceito como candidato. Isso não aconteceu: o PT nacional insiste que o atual prefeito renuncie à sua pré-candidatura. Só não tem coragem de dizer por quê, deixando claro existir algo de podre no reino da Dinamarca.
Veio-me à lembrança uma frase célebre: “na guerra, a primeira vítima é a verdade”.
Na política, também.
(Publicado no Facebook, 31 de maio de 2012)
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