Gustavo Maia Gomes
Do Recife a
Petrolina, seriam dez horas de viagem, em um ônibus pequeno. Embarcados, alguns
professores e muitos alunos de Turismo e de Hotelaria. Fariam uma “visita técnica”, parte das atividades curriculares.
Pelo
caminho, os rapazes e moças conferiam o programa:
-– Bodódromo?
-– Sim.
-– Vinícolas?
-– Certamente.
-– Passeio de
barco pelo lago de Sobradinho?
-– Positivo.
Tudo o que
fora previsto, aconteceu. A visita a Petrolina foi um sucesso.
***
Ao fim de
três dias, iniciam a viagem de volta, com parada programada em Triunfo.
-– Teremos
cititur?
-– Sim.
A atividade
havia sido prearranjada por uma pessoa que desistira de viajar. Faltava, apenas,
confirmar onde iriam encontrar o guia local. E a que horas.
Pelo celular, fala a professora
responsável pela excursão:
-– Senhor
Abdias?
-– Ele mesmo.
-– Somos o grupo
que vai fazer o cititur. Está tudo certo?
-- Tudo
certo.
-– Onde
encontramos o senhor?
-- Ao meio dia, na entrada do Pólo.
-- Que pólo?
-– O Pólo Petroquímico.
-– Mas, não
há pólo petroquímico em Triunfo. O senhor está em Triunfo?
-– Estou,
sim.
-– Em Triunfo,
Pernambuco?
-– Não, em Triunfo,
Rio Grande do Sul.
-– Então, Sr.
Abdias, temos de cancelar.
(Triunfo, Rio Grande do Sul, fica a 3.500 km de Triunfo, Pernambuco.)
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