Gustavo Maia Gomes
A notícia (há poucos meses, impensável) de que os Estados Unidos podem
vir a se tornar não apenas autossuficientes, mas até exportadores de energia prenuncia uma revolução
econômica e política de dimensões extraordinárias.
Se
as promessas se concretizassem, o que aconteceria?
Entre
outras coisas:
O Oriente Médio perderia a importância que, graças ao petróleo, hoje tem. O
prestígio internacional de Maomé nunca mais seria o mesmo e as ameaças à paz
mundial teriam de vir de outros lugares.
Os bilionários "xeques árabes" se reduziriam à condição de meros
passadores de "cheques em árabe" (provavelmente, sem fundo).
Para reduzir o prejuízo, Dubai venderia como ferro velho os pedaços que
pudessem desmontar de suas cafoníssimas, mas faraônicas, construções.
Os homens-bomba com motivações político-religiosas continuariam a explodir a si
mesmos, porém ninguém mais tomaria conhecimento disso.
No Brasil, os royalties do Pré-Sal seriam repartidos entre duas ligas de dominó,
pois extrair petróleo do mar se tornaria completamente inviável.
Com energia barata e abundante, os Estados Unidos entrariam em uma era de
rápido e prolongado crescimento econômico, fazendo a atmosfera do planeta
(finalmente) virar fumaça.
Beneficiada pelos baixos preços do petróleo, a China cresceria 25% ao ano e
invadiria a África, para assegurar os suprimentos alimentares e de matérias
primas.
Em seguida, a potência oriental tentaria colonizar o Brasil, mas enfrentaria a
resistência dos Estados Unidos cujo Presidente diria: "isto aqui não lhe
pertence".
Nenhum comentário:
Postar um comentário