Gustavo Maia Gomes
(28/11/2017)
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Manoel
Sebastião de Araújo Pedrosa (1853-1906),
meu bisavô.
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Maria
Margarida Kuhn (Pedrosa por casamento)
e seu marido Manoel Sebastião de
Araújo
Pedrosa, anos 1890
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Praça
Maciel Pinheiro, bairro da Boa Vista, Recife.
(Foto Gustavo Maia Gomes,
28/11/2017)
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Praça
Maciel Pinheiro, bairro da Boa Vista, Recife.
(Foto Gustavo Maia Gomes, 28/11/2017).
Ao fundo, a igreja matriz da Boa Vista.
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Os
Cunha Pedrosa de São Vicente, tampouco, eram ricos, mas tinham condição
financeira muito melhor que a de Manoel Sebastião. Além disso, eram aplicados e
deviam ser inteligentes; alguns deles se destacaram, como Francisco Raimundo
(1847-1936, o "monsenhor Pedrosa", de Escada, PE), Pedro (1863-1947),
que viria a ser senador da República, e o filho deste, Mario Pedrosa (1900-81).
Sim, Mario Pedrosa, o próprio, intelectual e militante político de nome
internacional.
Manoel no Recife
Meu
bisavô veio para o Recife em 1872. Estudou na Escola Normal (1872-74), fundou o
renomado Colégio Onze de Agosto (1880) e, num feito notável, considerando suas
condições financeiras, formou-se em Direito (1883). Mas, mesmo bacharel,
continuou como professor e dono de colégio. Em 1888, casou-se com Maria
Margarida Kuhn (1864-1947), filha do suíço emigrado Leonardo Kuhn
(c.1853-c.1906).
No
final de 1899, Manoel Sebastião -- com sua mulher e dois filhos (meu avô, de
nome igual ao do pai, e Antonio Leonardo) -- deu uma guinada: vendeu o Onze de
Agosto e comprou o Engenho Velho, em Santa Rita, Paraíba. De professor,
transformou-se em agricultor e industrial.
Morreria
menos de sete anos depois, em 1906, internado no Hospital de Alienados da
Tamarineira (Recife). Ao longo da vida, de todo modo, havia feito uma
importante travessia, que lhe permitiu legar aos filhos, netos e bisnetos,
condições iniciais muito melhores que as dele próprio.
Na Boa Vista, o bairro
Nos
seus anos recifenses (1872-1899), Manoel Sebastião viveu sempre na Boa Vista.
Frequentava a igreja do bairro, era membro da Irmandade do Santíssimo
Sacramento da Boa Vista. Seu Colégio, onde ele também residia com a família,
ficava na Rua da Glória, n. 125. No mesmo bairro.
Ontem
(28/11), eu procurei refazer os caminhos do velho Manoel Sebastião. Entrei na
igreja da Boa Vista (1874), passei pela praça Maciel Pinheiro (com outro nome,
inaugurada em 1876), pelo Pátio e Igreja de Santa Cruz (1732), Mercado da Boa
Vista (1822) e, naturalmente, pela rua onde ele morou e teve seu negócio
educacional.
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Igreja
e Pátio de Santa Cruz, bairro da Boa Vista, Recife.
(Foto Gustavo Maia Gomes,
28/11/2017)
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Não
existe mais um número 125 na Rua da Glória. A numeração deve ter sido alterada.
Tirei fotos de casarões próximos àquela altura. Um deles pode ter sido o lugar
onde Manoel Sebastião viveu e ensinou. Também fotografei o casarão em que
residiu, por um tempo, a escritora Clarice Lispector (1920-77). Mas isso foi
muitos anos depois de meu bisavô ter passado por lá.
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Mercado
da Boa Vista, Recife.
(Foto Gustavo Maia Gomes, 28/11/2017)
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Rua
da Glória, vista parcial.
Bairro da Boa Vista, Recife.
(Foto Gustavo Maia
Gomes, 28/11/2017)
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