Há 120 anos, mais
precisamente, em 11/4/1897, o jornal "Orbe" noticiava o aniversário da
Sociedade Perseverança e Auxílio dos Caixeiros de Maceió. Alípio Maia
Gomes (1878-1916), à época, ainda candidato a estudar medicina, fez um
discurso elogiado, mas cujo conteúdo o jornal não resumiu. Copio um
parágrafo integrante da matéria relativa à solenidade.
"Novas girândolas fendem o ar. É a banda da simpática Filarmônica Minerva que chega, trazendo luzidio acompanhamento. Todos os salões [da Perseverança e
Auxílio] ficam repletos do que a nossa sociedade tem de mais seleto no
sexo forte. Veem-se também, no Salão Nobre, algumas Exas. Sras. Era o
belo sexo que vinha trazer o seu cativante, gentil e brioso concurso à
festa da briosa mocidade".
O
"sexo forte" e o "belo sexo". Para o bem ou para o mal, perdemos essas
distinções. O “sexo forte” enfraquece a olhos vistos; enquanto o “belo
sexo”, gradativamente, cede lugar a um festival de bruxas
autodenominadas “feministas”. (Não quero dizer que todas as feministas
sejam bruxas, nem que todas as bruxas sejam feministas. Mas, que há uma
certa correlação, há.)
Na verdade, já nem se pode falar em sexo (o correto seria “gênero”), muito menos, em apenas dois sexos. Na inesgotável fábrica de minorias estridentes em que se transformou o nosso mundo -- não apenas em Maceió --, abundam os LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros...). E ninguém garante que iremos parar por aí. Afinal, o alfabeto é rico e não será por falta de letras que novas combinações deixarão de ser criadas.
Ah, se Alípio Maia Gomes soubesse disso!
(Na foto, o antigo prédio da Sociedade Perseverança e Auxílio dos Caixeiros de Maceió, localizado na Rua do Sol, que está tombado e preservado. Hoje, é sede do Sindicato dos Empregados no Comércio do Estado de Alagoas. O casarão de estilo eclético e verde marcante faz parte da Zona Especial de Preservação do Centro.)
Na verdade, já nem se pode falar em sexo (o correto seria “gênero”), muito menos, em apenas dois sexos. Na inesgotável fábrica de minorias estridentes em que se transformou o nosso mundo -- não apenas em Maceió --, abundam os LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros...). E ninguém garante que iremos parar por aí. Afinal, o alfabeto é rico e não será por falta de letras que novas combinações deixarão de ser criadas.
Ah, se Alípio Maia Gomes soubesse disso!
(Na foto, o antigo prédio da Sociedade Perseverança e Auxílio dos Caixeiros de Maceió, localizado na Rua do Sol, que está tombado e preservado. Hoje, é sede do Sindicato dos Empregados no Comércio do Estado de Alagoas. O casarão de estilo eclético e verde marcante faz parte da Zona Especial de Preservação do Centro.)
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