Gustavo Maia Gomes
Recife, 29-10-2018
Recife, 29-10-2018
Uma economista de renome listou cinco razões para não apoiar
Haddad e concluiu avisando que iria votar em branco. Um diplomata e pensador
extremamente lúcido passou anos denunciando a destruição do Brasil pelo PT, mas
se negou a votar no candidato que prometia acabar com isso.
Uma historiadora com importantes
obras publicadas e notórios posicionamentos antipetistas seguiu pelo mesmo
caminho. Muitos intelectuais merecedores de respeito, plenamente cônscios do
mal que representam Lula e a sua organização criminosa, não obstante, anularam
o voto. Outros, após confessada hesitação, apertaram a tecla 13.
Milhões de brasileiros –
nordestinos, em grande parte – que se beneficiaram do insustentável populismo
petista, votaram no candidato de Lula. Não perceberam que estão desempregados,
hoje, devido àquelas mesmas políticas geradoras de felicidades fugazes,
praticadas enquanto o dinheiro público não acabava.
Multidões de eleitores
integrantes de minorias (negros, gays, lésbicas, feministas, autoproclamados
defensores dos direitos humanos...) votaram em Haddad por medo de serem
perseguidos, caso o outro candidato vencesse o pleito. Isso não acontecerá.
Porque não será tentado e porque, se o for, suscitará uma reação avassaladora
de todos nós -- minha, inclusive.
Enfim, um número enorme de
brasileiros bem-intencionados, honestos, responsáveis, de diferentes profissões
e locais de residência compôs o contingente de eleitores do candidato de Lula.
Ou, pelo menos, não votaram no que saiu vencedor.
Reunidos todos os grupos listados
acima (e, certamente, há muitos outros que também deveriam ser incluídos)
teremos a metade do eleitorado brasileiro.
Com todos esses, será possível,
desejável e necessária a conciliação (que não implicará alinhamento automático
ao governo, apenas a tolerância e o mútuo respeito essenciais à democracia) dos
vencedores com os que não contribuíram para a vitória de Jair Bolsonaro.
Serei um defensor veemente dos
gestos nessa direção que venham a ser tomados pelo presidente eleito e seus
auxiliares diretos.
Agora, meus amigos, não nos
iludamos: com gente como o presidiário Lula, Gleisi Hoffmann, José Dirceu,
Manuela D’Ávila, Boulos, Stédile e mais que tais nunca haverá e nem deverá ser
procurada conciliação alguma. Foi para se ver livre dessa laia que o povo
brasileiro votou em Bolsonaro. É isso o que ele ainda quer.
Chega de cortesias jamais
reciprocadas. De tentar conciliar o inconciliável viveu (e morreu) o PSDB.
(Publicado no Facebook)
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