Gustavo Maia Gomes
Vez por outra, escuto alguém dizer: “tenho berço”. Em Pernambuco e
Alagoas, pelo menos, ainda se ouve isso. “Ter berço” – pertencer a uma família
tradicional que, se já teve dinheiro, hoje, com certeza, está arruinada – é o
último refúgio dos falidos. Assim como, mutatis
mutandis, desfilar em público trajando bolsas Louis Vuitton é a derradeira
cartada das mulheres que, carentes de um próprio, adorariam dormir em berços
alheios.
Luís Alípio de Barros (1920-91), certamente, “tinha berço”. Seu pai,
dono de usina em Alagoas, gozava a fama de milionário. Na verdade, todos os
usineiros pernambucanos e alagoanos – falo da primeira metade do século vinte,
mas ainda hoje é assim – eram ricos. (Exceto para o Banco do Brasil que, a
intervalos, aparecia na fábrica e tomava tudo.) Mas, mesmo podendo, Luís Alípio
não se resignou a viver das fraldas que herdara.
Arrumou a trouxa e, aos 24 anos, foi morar no Rio de Janeiro. Levava
“pistolões”? (como se dizia antigamente; hoje, seriam “indicações políticas”.)
Imagino que não, pois sua vida profissional passou longe dos governos, único
território onde o pistolão valia ouro. Foi feita em revistas e jornais
privados: O Cruzeiro, A Cigarra Magazine,
A Cena Muda, Diário da Noite, Diário de Notícias, Correio da Manhã, A Manhã,
Revista da Semana, O Jornal, O Pasquim e, sobretudo, a Última Hora.
A
conquista do Rio
Rapidamente, Luís Alípio abriu caminho na antiga capital federal. No
mesmo ano em que chegara (1944) já assinava a seção “O mundo dos livros” em O Cruzeiro, maior revista brasileira da
época. Na Última Hora, onde
trabalharia desde a criação do jornal (1951) até seu desaparecimento (c.1987),
chegou a ter posições administrativas e a manter duas colunas simultâneas. Talvez,
três, duas delas sob pseudônimos.
Gostava da noite, de cerveja, uísque, boa comida e do convívio com
pessoas interessantes. (De mulheres, com certeza: algumas fotos são
reveladoras, embora ele fosse discreto em relação a isso.) Salvyano Cavalcanti
de Paiva escreveu, em 1951, a “Antologia dos cronistas cariocas”, uma série de
perfis biográficos publicados na revista A
Cena Muda. O alagoano foi objeto do perfil número seis. Segundo Salvyano, Luís
Alípio “gosta[va] de uma boa praia, de futebol bem jogado, de uma cerveja
gelada, de pensar em Ingrid Bergman sem Roberto Rossellini e em Elizabeth
Taylor sem o hoteleiro seu marido. (Desejo satisfeito: Elizabeth Taylor vai se
divorciar...)[1]
Luís Alípio foi casado, ou viveu maritalmente (hoje, não fazemos mais
essa distinção) duas vezes. A primeira, de 1948 a 1956, com Maria Luíza Gonçalves Cavalcante de Melo, uma jornalista que, após deixa-lo, casou-se com o
escritor nascido em Caruaru (PE), mas radicado no Rio de Janeiro, José Condé
(1917-71). A segunda, e última, com Maria Ivanira Teixeira, também jornalista, de
1958 até a morte dele, em 19 de janeiro de 1991. Com Ivanira, que ainda está
viva e perfeitamente lúcida, e com quem conversei por telefone, ele teve um
filho (George Andrea) e uma filha (Ana Catarina).[2]
Há um detalhe curioso, nessa área pessoal, que merece menção. Matéria da
revista Veja publicada em 4/10/1972 (portanto,
quando Luís Alípio e Ivanira já eram casados) começa assim: “Alípio Júnior, de
dezesseis anos, é filho do jornalista carioca Luís Alípio de Barros. Como
milhares de outras pessoas, ele assistiu pela televisão, na semana passada, a
um programa retrospectivo mostrando o enterro do cantor Francisco Alves, morto
num desastre de carro vinte anos atrás. Alípio Júnior perguntou ao pai: – Quem
era esse cara?”[3]
Bem, eis o paradoxo: se o rapaz, em 1972, tinha 16 anos, ele havia
nascido em 1956, quando Luís Alípio estava casado, ou dela havia se separado
muito recentemente, com Maria Luíza. Não se tratava, portanto, de um filho que ele
tivesse tido “fora do casamento” com Ivanira e que, portanto, precisasse ou preferisse
esconder. (Teria sido difícil, depois da matéria na Veja.) Mas, curiosamente, a filha Ana Catarina nunca ouviu falar
desse irmão mais velho. Terá sido um grosseiro erro de atribuição do redator? Provavelmente,
sim. Na verdade, depois que um conhecido jornalista contemporâneo, Mario Sérgio
Conti, “entrevistou”, em 2014, pleno ano da Copa do Mundo de Futebol (e
publicou o resultado em página inteira da Folha
de S. Paulo), um falso Luís Felipe Scolari, treinador da seleção
brasileira, sem se dar conta de que estava sendo enganado, qualquer outra
barriga parece possível.[4]
Deixo o lado pessoal e volto ao foco deste artigo. No seu
ofício de jornalista, profissão que atraiu tantos talentos de primeira grandeza
ao Rio de Janeiro dos anos 1940-70, Luís Alípio de Barros conviveu com figuras destacadas da intelectualidade brasileira – especialmente, a intelectualidade boêmia.
Já em 1944, entrevistou para O Cruzeiro,
de uma só vez, Murilo Mendes, Manuel
Bandeira, José Lins do Rego, Leda Maria de Albuquerque, Nelson Rodrigues,
Antonio Accioly Netto, Dinah Silveira de Queiroz, Emil Farhat, Graciliano
Ramos, Millor Fernandes e Rachel de Queiroz. A maioria desses poetas, contistas
e romancistas trabalhava ao seu lado, na mesma redação. Pô-los todos juntos,
numa única reportagem, entretanto, não era para qualquer um, de modo que aquela
matéria terminou sendo o atestado de que o Rio, ao primeiro combate, se havia
rendido a Luís Alípio de Barros.[5]
Dize-me
com quem andas...
Estão começando a entender por que dei esse título ao presente artigo? Foi
porque Luís Alípio Gomes de Barros tinha berço, sim, (bolsa, não), mas se elevou
na vida não devido a isso e, sim, ao seu próprio esforço, em primeiro lugar, e às
boas companhias que escolheu para si, em segundo.
De fato, O Cruzeiro era um
conglomerado de luminares. O expediente da revista (em 17/8/1946) relacionava
como colaboradores, além do próprio Luís Alípio, entre outros, Dinah Silveira
de Queiroz, Leda Maria de Albuquerque, Adalgisa Nery, Lia Correia Dutra,
Odorico Tavares, R. Magalhães Junior, Emil Farhat , Nelson Rodrigues, Guilherme
Figueiredo, Orígenes Lessa, Agripino Grieco, Ledo Ivo, Adonias Filho, Raimundo
Souza Dantas, Herberto Sales, Marques Rebelo e José Lins do Rego. Copiei apenas
aqueles nomes já meus conhecidos.
Como titulares de seção, tinha O
Cruzeiro Austregésilo de Athayde, Rachel de Queiroz, Millor Fernandes,
Péricles (o do “Amigo da Onça”), Franklin de Oliveira, Frederico Chateaubriand,
Antonio Accioly Netto, David Nasser, Dácio Pinheiro, Alex Viany, Helena B.
Sangirardi, José Teles, Hélio Fernandes e Genolino Amado. No Departamento
Fotográfico, uma equipe de cinco, despontava Jean Mazon; Alceu Pena e Tomás
Santa Rosa integravam o Departamento Artístico.[6]
Tudo gente com pouco berço e muita cabeça. Nosso alagoano começara
bem. E assim continuaria. Em 1952, foi citado por Vinícius de Morais numa
matéria em que este tentava justificar seu medo de avião. O poetinha, Alex Viany, Alberto Cavalcanti
(cineasta brasileiro que foi trabalhar na Europa, onde ganhou vasto prestígio) e
Luís Alípio estavam juntos em voo quando a aeronave sofreu sérios problemas,
tendo de fazer um pouso emergencial. O pânico do grupo só não foi compartilhado
por Alberto Cavalcanti, que, dormindo estava, dormindo continuou a estar,
durante todo o tempo.[7]
No mesmo ano, Luís Alípio reuniu-se a um grupo de intelectuais para
enviar telegrama de apoio ao candidato a governador de Pernambuco Osório Borba
(que, entretanto, perderia por larga margem a eleição para Etelvino Lins).
Subscreveram a mensagem, além do jornalista alagoano, Manuel Bandeira, Gastão
Cruls, José Lins do Rego, Álvaro Lins, Lúcio Rangel, Rachel de Queiroz, José
Condé, João Condé, Guilherme Figueiredo, José Auto (também alagoano), J. G. de
Araújo Jorge, Luís Camilo de Oliveira Torres, Otávio Tarquínio de Souza, Emil
Farhat, Rubem Braga, Odilo Costa Filho, Vinícius de Morais, Prudente de Moraes
Neto e Pompeu de Souza.[8]
Em 1953, Luís Alípio estreou na Rádio Clube do Brasil, então chefiada
pelo romancista Marques Rebelo. Do programa “Falam os críticos” (levado ao ar
todas as sextas-feiras, aos 23 minutos depois da meia noite – ah, como
intelectual boêmio gosta de uma madrugada!) participavam Adonias Filho, Josué
Montello, (Tomás?) Santa Rosa, Reinaldo Jardim, João Cabral de Melo Neto, e
outros do mesmo naipe. Além de Luís Alípio, claro.[9]
Ainda em 1953, ele ajudou a criar a revista Flan, pertencente à Última
Hora. Estavam ao seu lado como repórteres, redatores ou colunistas, Joel
Silveira, Justino Martins, Antonio Olinto, Nelson Rodrigues, Jean Mazon, Hermes
Lima, Marques Rebelo, Carlos de Laet, Vinícius de Morais, Dorival Caymmi, Otto
Lara Resende, Hélio Pelegrino, Augusto Rodrigues, e os chargistas Lan e
Nássara. A revista escreveu, em anúncio comercial: “é este o Quadro A [equipe
titular, no jargão da época] de Flan:
um quadro de ases do jornalismo”. Menos de dez anos depois de deixar a
pequenina Maceió (com uma breve estada no Recife) o filho de Laurentino Gomes
de Barros já se via incluído entre os “ases do jornalismo” no Rio de Janeiro.[10]
Intelectuais
do cinema
Quando se cogitou criar um Círculo Brasileiro de Críticos
Cinematográficos, todos os colunistas especializados que atuavam na imprensa
carioca foram convidados. Estavam entre eles: Antonio Moniz Vianna, Ely
Azeredo, Hugo Barcelos, José Amádio, Luís Alípio de Barros e Salvyano
Cavalcanti de Paiva. Eram os intelectuais do cinema.[11]
No ano seguinte, foi organizada uma homenagem ao Comendador Ventura
(que ninguém mais era que Luís Alípio de Barros) pelo sucesso de sua coluna “Ronda
da Meia Noite” na Última Hora. Quem
promoveu a festa foi o Clube da Chave, “curiosa e magnífica entidade que
congrega um belo grupo de artistas, intelectuais e boêmios desta cidade de São
Sebastião”.[12]
Não era um clube qualquer: “Em 1953, Tom Jobim passou a frequentar o
Clube da Chave. (...) Criado por Humberto Teixeira, parceiro de Luiz Gonzaga,
[o Clube] tinha um número limitado de sócios, a maioria artistas e
intelectuais. Cada um deles possuía a chave da porta principal. Entre eles
Sivuca, Luiz Gonzaga, Dick Farney, Johnny Alf, Dolores Duran, Antonio Maria,
Vinicius de Moraes”.[13]
Ibrahim Sued, cronista social mais prestigiado do Rio de Janeiro, deu
ampla cobertura ao evento: “O amigo Luís Alípio de Barros (Comendador Ventura) foi
devidamente homenageado na noite de segunda-feira no Clube da Chave. O jovem
jornalista recebeu de parte dessa gente de rádio, teatro e cinema uma
consagração”. O colunista (que, segundo Stanislaw Ponte Preta, era burro)
prosseguiu:
Em uma noite com show, discursos e drinques,
reuniram-se para homenagear o Comendador figuras de nossa sociedade, como o sr.
e sra. Jorge Guinle, o sr. e sra. Carlos de Laet, galãs de cinema, como os
senhores Cill Farney, José Lewgoy; artistas do rádio Manoel Barcelos, Ângela
Maria, Pau de Arara, Lúcio Alves, Grande Otelo, Antonio Maria, Jorge Veiga e
Marly Sorel. Gente de teatro: Silveira Sampaio, Teófilo de Vasconcelos, Jorge
Dória. Gente da imprensa: Darwin Brandão, Paulo Pereira, Carlos Brasil, Leon
Eliachar, Doutel de Andrade, Oscar Bloch e, ainda, o maestro Eleazar de
Carvalho...[14]
Tom Jobim deve ter faltado, naquela noite. Ou, então, ainda não tinha notoriedade
suficiente para ter a presença reconhecida. Mas, o Clube da Chave não era o
único ambiente, nem tinha sido o primeiro, onde se congregavam intelectuais boêmios
e artistas no Rio de Janeiro. Alguns anos à frente, numa reportagem nostálgica
sob o título “Para onde vai a inteligência (quando não está pensando)”,
Salvyano Cavalcanti de Paiva relembrou os bares e restaurantes nos quais se
reunia a intelectualidade carioca, desde antes da Segunda Guerra.
Naquele momento (1961), testemunhava ele, “o reduto mais recente da
nata notívaga do Rio de Janeiro é o Alfredão, espécie de cantina, bar ou
restaurante que fica nos confins do Leblon”. Mas, antes, tinha havido as épocas
do Vermelhinho (anos trinta) e do Alvadia. Este bar, que fica na Cinelândia e
ainda existe, atraiu, nos anos quarenta, um importante grupo de estudiosos de
cinema: “a Cinelândia ainda era o centro do mundo das diversões, inclusive com
teatros. Era de ver, a partir da tardinha e madrugada adentro, a rapaziada que
renovaria a crítica do Brasil, em intermináveis colóquios sobre neorrealismo
italiano, ritmo americano, cine clubismo.”[15]
Salvyano Cavalcanti de Paiva continuou:
Heróis da literatura cinematográfica, futuros
grandes colunistas, diretores, atores (e atrizes), os Alvadia Boys (e as
Alvadia Girls) marcaram época. Vêm à lembrança Hugo Barcelos e Jonald (Oswaldo
Marques de Oliveira), Luís Alípio de Barros e Jorge Ileli, Lima Barreto e
Anselmo Duarte, Décio Ottoni e Clóvis de Castro, o nosso Moniz Vianna e Hélio
Souto. Da primeira geração nasceu, no apartamento de Luís Alípio, casadinho de
novo, o famoso Círculo de Estudos Cinematográficos, de efêmera vida e gloriosa
memória.[16]
Luís Alípio de Barros também fez parte da turma do Pasquim, célebre tabloide humorístico-noticioso de oposição à
ditadura militar, que circulou entre os anos de 1968 a 1991. Foi companheiro, portanto, pelo menos nas páginas impressas, de Millor
Fernandes (seu velho amigo, com quem dividira, anos antes, um apartamento
gigante em Copacabana), Paulo Francis, Ivan Lessa, Ruy Castro, Fausto Wolff,
Antonio Callado, Rubem Fontoura, Glauber Rocha, Ziraldo, Jaguar, Tarso de
Castro, Sérgio Cabral (o verdadeiro – pai do falso, ex-governador do Rio de
Janeiro, atualmente preso por corrupção), Miguel Paiva, Claudius, Fortuna, entre
outros.[17]
Turma da pesada.
...
E te direi quem és?
Desfrutando de tão boas companhias, mas, sobretudo, sabendo delas
aproveitar, Luís Alípio Gomes de Barros foi longe. Que diferença – em meio a
tantas semelhanças – entre sua história e a do primo legítimo Mario Brandão
Maia Gomes, que contei em artigo referido na nota seguinte. Os dois foram
jornalistas, ambos tinham interesse em literatura, tanto um como outro vinham
do mesmo “berço” alagoano (embora Mario tivesse nascido na Bahia) e os dois deram
o passo idêntico de se mudar de Maceió para o Rio de Janeiro.[18]
Daí para diante, contudo, tudo seria diferente, Mario que na capital
alagoana participara ativamente do movimento cultural dos anos 1920, sucumbiu
no Rio de Janeiro, para onde vinha e de onde voltava, a cada três, quatro anos,
pulando de um emprego precário e ruim para outro ainda mais precário e pior.
Também era boêmio e bebedor, mas, pelo que pude saber, nunca teve amigos ou,
sequer, companheiros de bar de seu nível intelectual. Aos cultos, preferiu as
putas. (Ou, talvez, foi esnobado por aqueles e acolhido por essas?) Não sei se ele
e Luís Alípio chegaram a se encontrar, alguma vez, em Maceió, por exemplo, onde
ambos moraram durante algum tempo. (O baiano era bem mais velho do que seu
primo; Mário saiu de Maceió para o Rio quando tinha 24 anos. Na mesma ocasião,
Luís Alípio tinha apenas dez anos.) No Rio, nunca se viram: antes de o primo
ali chegar, Mario deu cabo da vida navalhando o próprio pescoço.
O percurso de Luís Alípio Gomes de Barros (cuja mãe, Amália, era irmã
de Alípio Maia Gomes, pai de Mário Brandão) foi completamente diferente.
Boêmio, porém responsável, ele fez carreira brilhante como jornalista e
intelectual. Viveu o Rio de Janeiro magnífico, inebriante, inigualável, dos
anos quarenta, cinquenta e sessenta do século passado; conviveu com todo aquele
povo intelectualmente privilegiado. Ah, ia esquecendo, (já aludi a isso, mas
preciso dar detalhes): em data que não consegui especificar (deve ter sido
meados dos 1940), Luís Alípio, Freddy Chateaubriand e Millor Fernandes alugaram
juntos um apartamento de sete quartos e três banheiros na Avenida Atlântica,
Copacabana. Uma exuberância, que devia custar uma nota. Ali, desconfio
seriamente, os três tomaram muito uísque, receberam amigos e mulheres e tiveram
conversas inteligentes. Tudo somado, mais do que compensou o investimento.[19]
“Nunca houve uma mulher como Gilda”, diziam os cartazes do filme de
1946, com Rita Rayworth no papel principal, e que Luís Alípio Gomes de Barros,
certamente, comentou nas páginas de O
Cruzeiro ou de A Cigarra Magazine.
Se a frase era verdadeira, em relação a Gilda, não sei. Mas, seguramente, nunca
houve – no Brasil, pelo menos – uma cidade como o Rio de Janeiro dos anos
quarenta e cinquenta e sessenta do século passado. Egresso da pequena Maceió,
onde tinha berço, mas não teria encontrado estímulos intelectuais que lhe
satisfizessem a curiosidade, Luís Alípio soube aproveitar bem sua estada neste
mundo, o único que temos ou teremos.
[1] Salvyano
Cavalcanti de Paiva, “Antologia de cronistas cariocas, VI: Luís Alípio de
Barros”. A Cena Muda, 18/1/1951, pág.
14.
[2] Obtive essas
informações diretamente de Maria Ivanira e de Ana Catarina, por telefone
(30/3/2017), graças à intermediação de Lisiana Cansanção, a quem agradeço.
[6] O Cruzeiro, 17/8/1946, pág. 90.
[13] Antonio Celso
Duarte, Blog Wave, http://wavejobim.blogspot.com.br/
2006/09/clube-da-chave.html.
[15] Salvyano
Cavalcanti de Paiva. “Para onde vai a inteligência (quando não está pensando)”.
Correio da Manhã, 4/8/1961, pág. 1,
2º Caderno.
[16] Salvyano
Cavalcanti de Paiva. “Para onde vai a inteligência (quando não está pensando)”.
Correio da Manhã, 4/8/1961, pág. 1,
2º Caderno.
[17] Disso, fiquei sabendo
por sua filha Ana Catarina, em telefonema de 30/3/2017. O Pasquim, infelizmente, continua fora dos
arquivos digitalizados, seja da Biblioteca Nacional, seja de qualquer outra
instituição.
[18] Gustavo
Maia Gomes. “Mario Acorrentado Brandão”, em Blog Gustavo Maia Gomes, 15/3/2017,
disponível em http://gustavomaiagomes.blogspot.com.br/2017/03/gustavomaia-gomes-versao-preliminar-de.html
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