Gustavo Maia Gomes
Estou lendo as biografias de
Severino Pereira da Silva e de Rubem Braga. Terminei de ler, há dois dias,
Mario Vargas Llosa, “O chamado da tribo”.
Pereira foi um jovem pobre que
saiu de Taquaritinga do Norte (PE) para se tornar, graças a muito trabalho,
dedicação e talento, um dos maiores industriais brasileiros, em meados do
século XX.
Braga, jornalista e escritor
(admirado por meu pai) foi, talvez, o maior cronista brasileiro, aí pelos anos
1950-70. E olhe que a concorrência era pesada: Paulo Mendes Campos, Carlos
Drummond de Andrade, Sérgio Porto, Carlinhos de Oliveira, Nelson Rodrigues ...
Vargas Llosa trata de grandes
pensadores liberais (quase todos dos anos 1900) que influenciaram a formação de
seu pensamento econômico e político: Adam Smith, Ortega y Gasset, Friedrich
Hayek, Karl Popper, Raymond Aron, Isaiah Berlin e Jean-François Revel.
Preciosas reflexões.
Também leio (na verdade,
estudo) “O homem e o rio”, memórias poéticas, truncadas, caóticas de João Fernandes
Lins, avô de Ricardo Maia,
primo distante que vem se tornando próximo. (“Há os Maias de Eça e os Maias de
Ricardo”, escrevi no “Uma noite em Anhumas”, livro que espero publicar neste
ano de 2020.)
Escrevi isso tudo, no fundo,
para dizer outra coisa: hoje faz um dia esplêndido, na minha casa com Lourdes.
Menos, porém, do que fará amanhã, quando o Alto do Céu vai voltar a se encher
de luz, mesmo que chova.
Referências
Luís Olavo Fontes, A passagem
do cometa: Severino Pereira da Silva, pioneiro da industrialização brasileira
no século XX" (Rio de Janeiro, Aeroplano, 2013)
Marco Antonio de Carvalho,
"Rubem Braga, um cigano fazendeiro do ar: A biografia". (Nova edição,
revista.São Paulo, Biblioteca azul, 2013)
Mario Vargas Llosa, "O
chamado da tribo: Grandes pensadores para o nosso tempo. (Rio de Janeiro,
Objetiva, 2019)
João Fernandes Lins, "O
homem e o rio: Meu opúsculo" (Maceió, 1982)
(Publicado
no Facebook, 19/1/2020)
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