terça-feira, 10 de julho de 2012

Ainda sobre a criação e destruição do conhecimento (Um ensaio)


Gustavo Maia Gomes

O cidadão comum acalenta uma visão romântica da atividade científica. Para ele, a Ciência é movida por pessoas que têm por único objetivo descobrir a verdade, o que elas conseguem criando proposições e teorias e, em seguida, testando-as.

Será mesmo assim? Talvez, sim, em áreas do conhecimento como Física, Química ou Astronomia, mas não nas ciências sociais, onde os testes de validação ou rejeição das proposições dificilmente geram resultados indiscutíveis.

(Trecho de um ensaio relativamente longo sobre a produção e destruição do conhecimento científico, já publicado desde a semana passada. Apenas para quem tem interesse no tema e ainda não leu o texto, o link é https://docs.google.com/document/d/1QoW5QQz4WSzGYmarJls56WiSJTNZmxq8H4H4lCOYcVs/edit# )

Dicionário Contemporâneo Atualizado do Português de Hoje


Imbecil: indivíduo que entra na sala de cinema com oito pacotes de pipoca e dois barris de Coca Cola e que, ao degluti-los, faz barulho, se lambuza todo, emporcalha as poltronas, respinga os vizinhos e deixa no chão alimento bastante para sustentar uma dúzia de ratos durante duas semanas.

(Publicado no Facebook, 10/07/2012)

terça-feira, 3 de julho de 2012

Produção e destruição do conhecimento econômico (Um ensaio)


Gustavo Maia Gomes

Há mais do que pedantismo envolvido na utilização desnecessária de técnicas (a matemática sendo somente uma delas) que apenas os iniciados numa determinada disciplina dominam. Talvez a melhor maneira de marcar o argumento seja por meio de um exemplo concreto, reconhecidamente levado ao absurdo, para fixar melhor as ideias. Suponha que, no meio de um artigo técnico, eu fizesse a seguinte afirmação:
“Cento e vinte e nove é igual a trinta e um”                 (a)
– “Mentira!”, você, leitor, diria, sem pestanejar.

Mas agora imagine que, ao invés de escrever a frase marcada com (a), acima, eu escrevesse a expressão (b), abaixo, acompanhada, nas cinco linhas seguintes, das definições dos símbolos usados:
5! + D(x) + m(x) + ? = D(x)  + ? + 4! + m(b)                   (b)
Onde:
a! =  Fatorial de a, sendo a = (5 ou 4)
D(x) = desvio médio de x, sendo x = (1,2,3...9)
m(x) = média aritmética simples de x, sendo x = (1,2,3...9)
m(b) = média aritmética simples de b, sendo b = (1,2,3...7)
– “Puxa, esse cara sabe matemática. Vou pular essa parte”, seria, possivelmente, o seu comentário. E eu ganharia o dia. Bem, não irei lhe pedir isso, leitor, mas, se você fizesse as contas, iria descobrir que a afirmação (b) é exatamente igual à afirmação (a). Ou seja, o que eu estou dizendo com aquela fórmula matemática complicadíssima é que
“Cento e vinte e nove é igual a trinta e um”

(Trecho de "Um ensaio sobre a produção e destruição do conhecimento, com especial referência à economia". O texto completo, que tem 24 páginas, está em 
https://docs.google.com/document/d/1QoW5QQz4WSzGYmarJls56WiSJTNZmxq8H4H4lCOYcVs/edit)