quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Telefones mudos, operadoras inoperantes


Quando comecei a trabalhar, como jornalista, no final dos anos 1960, precisava muito dos telefones e estes, ou não existiam, ou funcionavam pessimamente. Naquele tempo, possuir uma linha telefônica era só para quem tinha muito dinheiro, ou podia esperar pelos esporádicos "planos de expansão" das empresas estatais que monopolizavam o desserviço.

Com a privatização da telefonia -- obra do governo FHC -- as pessoas passaram a se comunicar com o mundo. Hoje, elas têm um, dois, três aparelhos. Mas, se é verdade que isso jamais teria acontecido sem a privatização, também é certo que à saída do Estado tinha de corresponder a ação fiscalizadora das agências reguladoras. No caso, a Anatel.

Por um tempo, tudo funcionou direito. Havia muito mais telefones, e eles falavam e ouviam. Mas o sonho durou pouco. Em 2003, assumiria o poder o partido que emprega compadres. O Governo, as empresas estatais remanescentes e as agências tipo Anatel foram inundadas de pelegos. Incompetentes, em todos os casos; corruptos, em muitos deles. 

Como seria inevitável, os telefones passaram a funcionar cada vez pior, até atingirem o estágio próximo à surdo-mudez que estamos vivendo hoje. E esta é, apenas, mais uma realização do partido que compra votos dos ricos, com empréstimos de pai para filho; dos deputados, com o mensalão; dos pobres, com o Bolsa Família.

Na Venezuela, o governo obriga as pessoas a saírem de casa com as calças borradas, por falta de papel higiênico. No Brasil, o partido que emprega compadres, compra votos e admira o socialismo bolivariano já destruiu a telefonia. Sua próxima meta é fazer com que as partes baixas de todos nós fiquem tão sujas quanto as dos venezuelanos já devem estar.

Mas a meta do partido nefasto só se cumprirá se ele permanecer no poder, após 2014. Será que nós, brasileiros usuários de telefone e de papel higiênico, permitiremos isso? 

Não com o meu voto, tenham certeza.


Gustavo Maia Gomes
(Publicado no Facebook em 25/9/2013)

Uma luz no fim do esgoto


O discurso de Aécio Neves no encontro do PSDB em Maceió, hoje (sábado) pela manhã foi forte, incisivo, feriu as teclas mais sensíveis. Aécio disse o que a oposição precisava ter dito, e não o fez, nas três eleições anteriores: o PT é um partido nefasto. 

Dele, emanam a toda hora atos de corrução, mas não é isso que o faz singular. O PT é perigosamente único, sim, em glorificar a desonestidade; em transformar dirceus e outros bandidos em heróis; em manipular a composição do Supremo; em transformar mentiras em verdades pela exaustiva repetição; em conspurcar a máquina governamental lotando-a de incompetentes; em escravizar o voto dos pobres ao comprá-lo com a distribuição eterna de migalhas que os impedem de se emancipar pelo trabalho produtivo.

Mais que nefasto, o PT é uma ameaça aos cidadãos de bem deste país, entre os quais me incluo. O maior desafio político já enfrentado por nós todos, desde a redemocratização dos anos oitenta, é a remoção dessa gente do comando político do Brasil.


Gustavo Maia Gomes
(Publicado no Facebook, 21/9/2013)

Hay papel?

O socialismo bolivariano não consegue produzir, sequer, a quantidade de papel higiênico de que a população precisa. A situação é dramática, pois, tendo em vista a profusão de discursos chavistas e pós-chavistas que os venezuelanos são obrigados a ouvir, a quantidade de papel higiênico de que eles necessitam é muito elevada.
Gustavo Maia Gomes 
(Publicado no Facebook, 23/9/2013)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Conseguirá a Voyager 1 encontrar Deus?

A informação me foi passada por Ivan Pedrosa Maia Gomes: depois de 36 anos viajando pelo espaço, a sonda Voyager 1 deixou para trás o Sistema Solar. E mandou uma gravação do que está ouvindo naquelas paragens nunca dantes navegadas! 

É como diz o redator da notícia: dá um frio na espinha imaginar essas distâncias infinitas, essas solidões garcio-marquianas, e a viagem absurda de um pedaço de metal pelas vastidões do Nada. 

De minha parte, reconheço nossa humana insignificância, mas a contemplação do vazio absoluto também me afasta das respostas simplistas para a incontestável impotência. 

Só um grande imbecil criaria um negócio desse tamanho apenas para justificar a cobrança do dízimo pelo pastor da esquina, ou para garantir o reconhecimento social de dois ou três padrezinhos intolerantes que, como todos nós, residem no mais obscuro dos endereços.

Conseguirá a Voyager 1 encontrar Deus?

(Gustavo Maia Gomes, 12/9/2013)


(Leia a matéria do The Atlantic em