terça-feira, 27 de outubro de 2015

Família em tempos modernos

Gustavo Maia Gomes

No início, era homem, mulher, filhos e uma tia solteira. Os filhos, quando adultos, saíam de casa para formar a própria família. A primeira reforma veio com a supressão das tias. De um lado, elas se casavam mais frequentemente; de outro, mesmo quando não era esse o caso, iam ganhar a própria vida, sem agregações.
Enquanto as tias desapareciam, as separações dos casais, frequentes e múltiplas, iam misturando as coisas. Criou-se a figura dos três irmãos, dois dos quais não são irmãos entre si. E a dos meninos e meninas com vários pais, sucessiva e simultaneamente. Além disso, como uma pitada de sal, tornaram-se comuns os filhos que ficam velhos sem deixar a casa dos pais.
Ampliados, os modelos de família continuariam a ser. Por que não casais do mesmo sexo? Pode? Não pode? Ficou podendo. É a marcha da história, mais determinística que a imaginada por Marx e Engels. Mas, e os filhos? Serão adotados, clonados, proveteados, inseminados, enxertados. Nada que a ciência moderna ou uma ONG financiada pelo governo não saibam fazer.
A invenção dos casais de mesmo sexo multiplicou por três os modelos de família, definida por seu núcleo inicial. Agora são homem-mulher; homem-homem; mulher-mulher. Isso, se não quisermos pensar em combinações mais imaginosas, como gay e lésbica, travesti e sapatão, assexuado e transexuado.
A seguir, vieram os “casais” de três. Temos, então, sete combinações: as três anteriores e mais homem-mulher-mulher, homem-homem-mulher, homem-homem-homem, mulher-mulher-mulher. E já se imaginam os casais de quatro, cinco, seis participantes. Administrar esses aglomerados vai ser um pesadelo, mas quem liga pra isso?
O próximo passo será incluir os cachorros, gatos, papagaios e outros bichos na família oficial, legalizada, com alvará e tudo. Aí sim, vamos ter novidades. Divórcio litigioso entre a mulher e o cachorro. Iniciativa dele. Lei Maria da Penha estendida às muriçocas. Bullying na escola: chamaram o menino de Rex. Pensão alimentícia para uma ninhada de gatos.
Com quem ficarão as pulgas? Decidirão os veterinários. E se o papagaio contar piadas imorais sobre a vara da família? O juiz vai absolvê-lo. Como será chamado o filho da minhoca com a borboleta? Borbonhoca, se voar; minhoqueta, se ficar cavando o chão.

(Publicado no Facebook, 24/10/15)

Os hotéis de Manaus em 1900

Gustavo Maia Gomes

Os anos 1890-1910 foram de máxima prosperidade para a região Norte: a borracha chegou a ser o segundo mais importante produto nas exportações brasileiras perdendo, apenas, para o café. A população de Manaus passou de 38 mil para 50 mil habitantes, entre 1890 e 1900; a de Belém aumentou ainda mais, de 50 mil para 96 mil, entre os mesmos dois anos. No Brasil de 1900, somente o Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e o Recife eram maiores que Belém.
Os imponentes teatros da Paz (Belém, 1878) e Amazonas (Manaus, 1896), trouxeram ares europeus a uma terra ainda quase selvagem. No caso do Estado do Amazonas, em especial, os relatórios anuais dos governadores à Assembleia Legislativa (à época chamada “Congresso de Representantes”) documentam a enorme elevação das rendas públicas, ano após ano. O que não significava que a situação fiscal fosse sempre confortável; as despesas, com frequência, cresciam ainda mais rapidamente.
Tanto Belém quanto Manaus se conectavam com o resto do Brasil e a Europa por linhas de navios a vapor e pelo cabo telegráfico submerso no oceano Atlântico e no rio Amazonas. Os negócios em alta atraíam visitantes; os espetáculos teatrais – óperas, inclusive – traziam caravanas de artistas. Era preciso ter hotéis que os acolhessem. E os hotéis apareceram. Em 1900, a estatística oficial relacionou 30 deles, com seis mil hóspedes ao longo do ano, na capital do Amazonas.
O mais famoso hotel de Manaus na época de maior prosperidade da borracha foi o Cassina. Mas também havia, dentre os grandes, o hotel Restaurante Central, o do Porto, o da França, o Francês, o Café Central, o Dois Irmãos Unidos, o Duas Nações, o Luso Brasileiro, o Madeira, o Sal e Pimenta e o Nova Esperança. De médio porte, destacavam-se os hotéis Popular, Adamastor, Rio Negro, Vasco da Gama, dos Artistas, América, Dois Amigos, do Comércio, Internacional, Familiar, American e Souza.
Outra fonte mostra que o número de visitantes a Manaus foi muito maior que os seis mil notificados pelos hotéis. O “Mapa demonstrativo do movimento de embarcações e passageiros entrados no porto desta capital durante o ano de 1900” registrou 48.931 passageiros “entrados” na cidade, dos quais 3.713 eram estrangeiros vindos do Exterior. Onde dormia tanta gente, se os hotéis só recebiam seis mil pessoas, não sei. Possivelmente, em pousadas informais, nas casas dos comerciantes com quem vinham fazer negócios, ou nos próprios navios, durante sua estada no porto.
Podemos imaginar o que esse intenso movimento de pessoas significava na vida de uma cidade que, naquele último ano do século 19, tinha quase o mesmo número de residentes que de visitantes.
(Em 1900-04, o governador do Amazonas foi Silvério José Nery. As estatísticas citadas no texto - exceto as referentes à população das duas cidades -- foram colhidas na sua Mensagem ao Congresso de Representantes em 10 de julho de 1901.)

Publicado no Facebook, 23/10/15

Árvores caindo, canoas balançando (Manaus, 1888)

Gustavo Maia Gomes

Fui buscar a informação nos relatórios oficiais. Em 12 de junho de 1888, o “Excelentíssimo Senhor Coronel Doutor” Presidente Francisco Antonio Pimenta Bueno passou a administração da Província do Amazonas ao “Excelentíssimo Senhor Tenente Coronel” Antonio Lopes Braga, segundo Vice-Presidente. Em meio a tantas excelências, o menos excelente, mas Ilustríssimo Secretário de Polícia Sebastião José de Magalhães Braga apresentou os “fatos acidentais e ocorrências notáveis” em Manaus, nos primeiros meses de 1888, segundo o Secretário:
• A 20 de janeiro, no lago Monguba, foi morto por um tiro casual de espingarda Roque Bentes de Santana, devido a um ato de sua própria imprudência, conforme ficou provado pelas averiguações procedidas.
• No lugar Tacana, segundo distrito de São Paulo de Olivença, um índio foi esmagado pela queda de uma grande árvore.
• A 27 de janeiro, pelas dez horas da noite, indo o português de nome João Inácio Caminha, negociante no Mercado Público desta capital, a bordo do vapor Santarém levar um baú com gêneros, caiu no rio, desaparecendo em seguida.
• Em Itacoatiara, desapareceu Raimundo Belchior da Silva, tendo sido encontrada no lugar Taboal a canoa em que o mesmo se achava embarcado contendo apenas alguns objetos de seu uso. Supõe-se ter Silva morrido afogado.
• A 8 de março, no povoado Careiro, próximo desta capital, desapareceu Maria Rufina quando estava banhando-se no rio. Das averiguações procedidas, ficou provado ser casual esta morte
• No dia 4 de abril, morreu esmagado por uma árvore o lenheiro Manoel Germano de Freitas.
• A 16 de abril, foi vítima de um pau na derrubada que fazia em terreno para roça, Antonio Pedroso.
• No mesmo mês, no distrito de Guajaratuba, morreu afogado, em data de 22, Daniel Braga que, em estado de embriaguez, caiu de uma canoa ao rio, tendo logo desaparecido arrebatado pela correnteza que no lugar era fortíssima, acrescendo mais ter-se dado o fato à noite.
Tirando fora o infeliz caso de Roque Bentes de Santana, que se espingardeou a si mesmo, os acidentes em Manaus aconteciam ou quando as árvores em queda esmagavam os seus cortadores, ou quando canoas ou vapores faziam movimentos bruscos e os bêbados caíam no rio.

(Publicado no Facebook, 20/10/15)

"Sou de esquerda", disse o cego

Gustavo Maia Gomes

Era uma reunião de amigos, ex-colegas de lutas estudantis nas décadas de setenta, oitenta, por aí. "Os filósofos explicaram o mundo; trata-se, agora, de transformá-lo", repetiam eles, à época. E transformado o mundo seria. Talvez, não na direção que aqueles jovens, hoje velhos, imaginaram.
– “Sou de esquerda”, disse o cego.

– “O mundo marcha para o socialismo”, declarou o paraplégico.
– “A crise é a contrarrevolução”, falou o sindicalista corrupto.
– “A política burguesa é podre”, afirmou o deputado ladrão.
– “Che Guevara não morreu”, declarou o doente de Alzheimer.
– “O culpado é o FMI”, ajuntou o professor da Unicamp.
– “Odeio a classe média”, retorquiu o bancário em greve.
– “Mais uma cerveja”, gritaram todos.

(Publicado no Facebook, 18/10/15)

Nobel de Economia para Branquinha (AL)

Gustavo Maia Gomes

Com a pequena cidade de Branquinha, na Mata Norte de Alagoas, tenho relações incestuosas. Ali viveram meu pai, avós, bisavós. Ali nasceu meu irmão Ivan. Era onde passava parte das férias, quando menino. Tenho-na visitado com mais frequência. Ou transitado pela estrada que lhe dá acesso.
Fizemos isso (IvanElisaLourdes, Antonio e eu) há dois dias (12/10). Já tinha observado que Branquinha reescreveu Pero Vaz Caminha de uma forma perversa: ali, em NÃO SE PLANTANDO, nada dá. A cana sumiu, não há açúcar, nem afeto. Produção zero. Paraíso petista.
Já não existe atividade econômica em Branquinha. Os jovens passam a vida embaixo de uma castanhola, esperando a Bolsa Família chegar. Os velhos têm sua aposentadoria. Quem pensa que trabalha, é empregado da Prefeitura, cujo prédio não sabe onde fica, nem precisa.
Agora descubro que não só de esmolas vivem os branquinhenses. Eles também invadem fazendas. E ganharam sua casa própria. (A região entre Murici, Branquinha e União dos Palmares, ao longo da BR-104 está cheia de conjuntos residenciais do Minha Casa, Tua Dívida).
Nas invasões, vimos sinais de progresso: famílias com seus carros à porta. Não que tenham plantado um pé de milho, ou criado uma galinha. Os automóveis, provavelmente, são uma acumulação anterior, resultante de um lote invadido, desapropriado, recebido de graça e revendido.
É assim que o Brasil vai pra frente, sob o comando de Lula, Lulinha e a mulher mandioca. Todos movidos a petróleo, claro.
(Publicado no Facebook em 14/10/15)

Um túnel no fim do túnel?

Gustavo Maia Gomes
Para onde estamos indo? Todos queremos saber, ninguém sabe. Muito menos, eu. Arrisco-me, apesar disso, a dar alguns palpites. O mais fundamental é que, sem o afastamento da presidente (por cassação, impeachment, renúncia, ou outras possibilidades) não haverá solução para a crise econômica e política.
Por que? Porque esse governo É A CRISE. Todas as dificuldades que estamos vivendo são consequência da desonestidade (Petrolão, vendas de MPs, pedaladas fiscais, mentiras da campanha eleitoral, fraudes contábeis, etc) e da incompetência (descalabro fiscal, congelamento de alguns preços, ré-regulamentação caótica do setor elétrico, etc) de Dilma e seus comparsas.
Mas, em nenhum momento, eles acham que erraram. Portanto, não podem se credenciar, nem diante do povo, nem diante do Congresso, nem diante dos investidores do Brasil ou do Exterior, como portadores de uma saída para a crise. Perderam os últimos vestígios de credibilidade. E, sem credibilidade, nenhuma saída será, jamais, construída.
Os demais palpites, eu os agrupo em três cenários.
CENÁRIO UM: DILMA CONTINUA NA PRESIDÊNCIA. Crise econômica se aprofunda, por falta de apoio político (inclusive, do próprio governo) para o ajuste fiscal, que só poderia vir pelo aumento de receitas (CPMF). Dólar continua a subir. Capitais externos deixam de vir e, ao contrário, saem. Inflação cresce acima das expectativas mais pessimistas. Clima de incerteza reduz o investimento interno. Juro se eleva para tentar reverter saída de capitais. Renda das pessoas cai. Desemprego aumenta. Todo esse processo se autoalimenta, mas, como se não bastasse, o governo continua piorando as coisas fazendo tudo errado. Torna-se cada dia mais claro que, com Dilma na presidência, a crise ficará sempre pior.
CENÁRIO DOIS: TSE CASSA A CHAPA DILMA-TEMER. Grande incerteza política. Crise econômica continua. Instabilidade se prolonga até às próximas eleições presidenciais (que podem acontecer em três meses ou em dois anos). Probabilidade de aparecer um candidato forte do PSDB, talvez tendo um vice do PMDB. Probabilidade, por outro lado, de aparecer um forte candidato porra-louca, à lá Collor 1989. Se ganha chapa PSDB-PMDB podem ser recriadas condições de governabilidade. Um programa sério de ajuste fiscal, inclusive com aumento de impostos, poderia ser tocado. Melhoria de expectativas levaria a lento retorno à normalidade econômica, via entrada de capitais externos, queda do dólar, alguma recuperação do investimento interno. Se ganha o porra-louca, caminhamos para a hiperinflação com a economia ainda estagnada, alto desemprego e renda por habitante em queda.
CENÁRIO TRÊS: IMPEACHMENT. Temer pode se tornar um líder, se não houver denúncias contra ele, diante da necessidade de todos nós nos ampararmos em qualquer possibilidade de salvação que tenha um mínimo de credibilidade. O "cheque em branco" que ele receber poderá ser usado para cortar mais despesas, recriar a CPMF, fazer algumas compensações não muito caras para acomodar os mais prejudicados com o ajuste. A confiança se restabeleceria. Os capitais externos voltariam. Diminuiriam as pressões de aumento do dólar. A inflação deixaria de aumentar. Uma frente política ampla (PMDB, PSDB, PPS, PSB, DEM) poderia ganhar legitimidade elegendo o PT como o inimigo público número um. Petistas seriam processados em série, reabrindo casos como o Sanguessuga, a morte de Celso Daniel, a participação de Lula no Mensalão, etc). A recuperação da governabilidade permitiria a retomada do investimento interno. A economia começaria a reagir, com a volta do crescimento.

(Publicado no Facebook, 11/10/15)

sábado, 10 de outubro de 2015

Indireitos trabalhistas

Gustavo Maia Gomes

Pessoa a quem conheço bem planejou montar um restaurante daqueles que levam a comida à casa do freguês. Precisaria, portanto, contar com os serviços de um motoqueiro ou de empresa especializada em fazer entregas.
Descobriu que as empresas cobram, por entrega, mais do que o valor de cada prato. Isso a fez descartar a alternativa. Não seria possível vender por 31 reais macarronada que custa 15 se comprada no restaurante. Resolveu contratar um motoqueiro.
Teria ela, então, encontrado a solução do problema?
Longe disso. Os motoqueiros são sindicalizados e têm um piso salarial superior ao mesmo salário mínimo que sobe todo ano, quer a economia cresça ou decresça, quer a produtividade do trabalho aumente ou diminua.
Além disso, o contratante é obrigado a pagar o aluguel da moto, a gasolina, fazer seguro, assegurar férias, pagar horas extras, protetor solar, FGTS, auxílio maternidade, INSS, adicional de periculosidade, indenização pela fumaça, adicional por trabalho noturno ou diurno (tanto faz), vale transporte, vale engarrafamento, vale gás, décimo terceiro, plano de saúde, plano frontal inclinado, etc, etc, etc.
Aí, minha amiga compreendeu por que as empresas cobram o valor de um prato para entregar o dito cujo na esquina mais próxima. E abandonou seus planos de montar um restaurante que faz entregas. Resolveu estudar para concurso público.
Não foi assim que o partido dos ladrões prometeu resolver os problemas do Brasil?

(Publicado no Facebook, 24/9/15)

Vegano, salvo engano

Gustavo Maia Gomes

Conto uma história real. Passou-se em Londres, 1988. À época, eu vivia em Cambridge, também na Inglaterra. Altero os nomes das pessoas, pois não lhes pedi autorização para divulgá-los.
Roberto, um colega da Universidade de Cambridge, me convida a acompanhá-lo a Londres, onde haveria recepção em casa de certo brasileiro, Jáder, que vivia há muitos anos na Inglaterra, trabalhando na Rádio e Televisão BBC. Decido ir.
Chegamos a Londres. Na casa, muitas pessoas estão reunidas, formando diversos grupos. Noto que, naquele onde ficou Roberto, há uma jovem mulher de aspecto, digamos, não convencional. Vim a saber que era filha do dono da casa.
Passa o tempo, os grupos se desfazem, outros se formam, e eis-me conversando com a mesma jovem mulher. Era vegana, embora a palavra nem existisse, ainda. Aconteceu o seguinte diálogo, no qual a primeira pergunta foi dela.
— Você teria coragem de fisgar um peixe e comê-lo?
— Não apenas "teria coragem", como já o fiz varias vezes.
— É uma traição. Você usa de astúcia. Coitado do peixe.
— Sim, mas o que a senhora come?
— Urtiga e trigo. Nada mais do que essas duas coisas.
— Trigo, vá lá, mas "urtiga"? Aquilo arde pra diabo.
— Eu a cozinho, antes.
— Mas, a urtiga levou milhões de anos para desenvolver um sistema de defesa: não me coma, que eu ardo. Aí vem você e destrói todo aquele trabalho, cozinhando-a? Não seria astúcia?
— Nunca tinha pensado nisso.
Na volta para Cambridge, contei o episódio a Roberto, que me revelou o teor de sua própria conversa com a mesma mulher:
— Eu a convenci de que comer trigo dá câncer.

(Publicado no Facebook em 7 de outubro de 2015)

Morrendo em Manaus (1884)

Gustavo Maia Gomes

Em 12 de julho de 1884, o presidente do Amazonas, Teodoreto Carlos de Faria Souto (1841-1893), entregou o cargo. O documento com que oficializou a saída, contém o “Mapa demonstrativo dos óbitos na capital, desde 1/1 até 30/6/1884, excluídos os variolosos”. Ficamos sabendo, assim, de que morriam os manauaras no último quartel do século 19.
Convido meus amigos médicos (sei que os há muitos) interessados em História (já não tenho tanta certeza) a lerem a relação de “moléstias” abaixo. Se puderem esclarecer o que significava, por exemplo, “febre cerebral”, “cachecia palustre” e “garrotilho”, já me ajudarão bastante.
{Os números entre parênteses (...) são a quantidade de mortes atribuída a cada moléstia. As palavras entre colchetes [...] são palpites meus sobre os correspondentes atuais das palavras antigas.}
Febre biliosa (36)
Febre amarela (17)
Febre intermitente (5)
Febre palustre (3)
Febre tífica [tifoide?] (2)
Febre perniciosa (2)
Febre maligna (1)
Febre puerperal (2)
Febre renitente (1)
Febre cerebral (1)
Tuberculose pulmonar (15)
Tuberculose laringar (1)
Gastroenterite (11)
Congestão pulmonar (8)
Congestão cerebral (4)
Pneumonia (7)
Pneumonia dupla (1)
Tísica (7)
Convulsões (6)
Desinteria (6)
Gastro Hepatite (4)
Tétano (4)
Cachecia [?] palustre (4)
Hepatite crônica (3)
Beri-beri (3)
Abcesso (3)
Asfixia por submersão (3)
Interite ulcerosa (2)
Clome [?] (2)
Cancro (2)
Úlcera cancerosa (2)
Tosse convulsa (2)
Enterocolite (2)
Crepitude (2)
Apoplexia (1)
Lepra (1)
Chisose [cirrose?] hepática (1)
Hidropesia (1)
Ferida gangrenosa (1)
Coração (1)
Ferimento profundo (1)
Lesão cardíaca (1)
Ferimento de cabeça (1)
Intoxicação anêmica (1)
Aneurisma (1)
Garrotilho (1)
Gastrite (1)
Ferimento de punhal (1)
Anemia (1)
Queimadura (1)
Moléstia ignorada (62)

(Publicado no Facebook, 9 de setembro de 2015)