terça-feira, 30 de setembro de 2014

Onde mais o IBGE errou?

Gustavo Maia Gomes

Na semana passada, tivemos de digerir o seguinte jiló:
“O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística corrigiu dados que constavam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios referente a 2013 (...) Segundo o IBGE, a desigualdade de renda proveniente do trabalho diminuiu em vez de aumentar, como primeiramente constava na pesquisa divulgada”. (Portal G1 Economia, 20/9/14)
Vamos admitir que erros ocorram, inevitavelmente. Se eles são acidentais, alguns deles favorecerão o governo. Estes também deveriam ser apontados e corrigidos. Mas as “correções” são feitas apenas quando o resultado se mostra inconveniente. (Foi também o caso do Ipea, em abril deste ano, na pesquisa em que apareceu um resultado esquisito sobre as agressões às mulheres.)
Para consertar isso, vou ESPECULAR sobre que outros erros poderia o IBGE ter cometido, sem que houvesse correção. Para selecionar bons exemplos, fui direto ao site eleitoral da presidente-candidata. Identifico o possível erro e imagino qual poderia ter sido a justificativa para ele.
O erro: “Brasil atinge menor taxa de analfabetismo da História: 8,5%”.
A correção: “Não existe a vírgula entre o 8 e o 5. A impressora tinha excesso de tinta e saiu botando sinais em tudo quanto era canto”.
O erro: “O Brasil tem a maior rede de proteção social do mundo”.
A correção: “Confundimos rede de dormir com rede de proteção. No Norte e Nordeste, tem mais rede do que gente”.
O erro: “Apenas 35 países [além do Brasil] estão fora do mapa da fome”.
A correção: “Houve um problema na amostra e a pesquisa foi feita apenas em São Paulo, com clientes que acabavam de almoçar no Restaurante Fasano”.

(Publicado no Facebook, em 21/9/2014)

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