terça-feira, 27 de outubro de 2015

Nobel de Economia para Branquinha (AL)

Gustavo Maia Gomes

Com a pequena cidade de Branquinha, na Mata Norte de Alagoas, tenho relações incestuosas. Ali viveram meu pai, avós, bisavós. Ali nasceu meu irmão Ivan. Era onde passava parte das férias, quando menino. Tenho-na visitado com mais frequência. Ou transitado pela estrada que lhe dá acesso.
Fizemos isso (IvanElisaLourdes, Antonio e eu) há dois dias (12/10). Já tinha observado que Branquinha reescreveu Pero Vaz Caminha de uma forma perversa: ali, em NÃO SE PLANTANDO, nada dá. A cana sumiu, não há açúcar, nem afeto. Produção zero. Paraíso petista.
Já não existe atividade econômica em Branquinha. Os jovens passam a vida embaixo de uma castanhola, esperando a Bolsa Família chegar. Os velhos têm sua aposentadoria. Quem pensa que trabalha, é empregado da Prefeitura, cujo prédio não sabe onde fica, nem precisa.
Agora descubro que não só de esmolas vivem os branquinhenses. Eles também invadem fazendas. E ganharam sua casa própria. (A região entre Murici, Branquinha e União dos Palmares, ao longo da BR-104 está cheia de conjuntos residenciais do Minha Casa, Tua Dívida).
Nas invasões, vimos sinais de progresso: famílias com seus carros à porta. Não que tenham plantado um pé de milho, ou criado uma galinha. Os automóveis, provavelmente, são uma acumulação anterior, resultante de um lote invadido, desapropriado, recebido de graça e revendido.
É assim que o Brasil vai pra frente, sob o comando de Lula, Lulinha e a mulher mandioca. Todos movidos a petróleo, claro.
(Publicado no Facebook em 14/10/15)

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