segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Dois sogros, um genro (O breve primeiro casamento de Alípio Maia Gomes)


Gustavo Maia Gomes



Alípio Maia Gomes (1878-1916), irmão de José, Fernando, Nominando Maia Gomes e outros, médico profissional e jornalista amador, apesar de ter vivido apenas 38 anos, alcançou sucesso nas duas atividades. Mas, tinha uma coisa que ele sabia fazer ainda melhor do que atender enfermos e escrever artigos: arranjar sogros notáveis. Teve dois. (Não simultâneos, esclareço.)
Há uns dias (17/10), falei aqui de Sérgio Cardozo, médico prático, jornalista e segundo sogro de Alípio. Um vulto histórico. Pois o primeiro, Rodrigo Antônio Falcão Brandão (1865-1911), não lhe ficou a dever. Também médico, dono de jornal e político proeminente, foi deputado estadual e secretário de Fazenda do governador Luis Viana (1896-1900). Além de usineiro de açúcar.
Radicado em Santo Amaro da Purificação, cidade do Recôncavo baiano, Rodrigo era pai de Luíza (1887-1910), com quem Alípio se casou, em janeiro de 1906. O casal teve dois filhos. Um se chamava Elmano; do outro, nada sei. (Essa informação parcial eu a obtive dois dias atrás com Iza, filha de Yára e neta de Elisette Cardozo, a segunda mulher de Alípio. Ela não lembra o nome de seu outro tio ou tia.)
De qualquer forma, a probabilidade é alta de que Rodrigo Brandão tenha sido avô e bisavô de muitos Maia Gomes que já nem mais carregam esse sobrenome. Netos e bisnetos baianos, acrescente-se, pois o paí de Luíza morava em Santo Amaro e muitos de seus descendentes devem continuar lá, ou em Salvador. (Alípio foi para a Bahia estudar medicina, mas, em face de tantos sogros de alta qualidade disponíveis, foi ficando, até morrer, em 1916.)
O lado triste dessa história é que Luíza Brandão Maia Gomes, filha de Rodrigo Brandão e primeira mulher de Alípio Maia Gomes, morreu aos 23 anos. Uma menina. 

(Publicado no Facebook, 20/10/2016)

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