Gustavo Maia Gomes
(27/11/17)
No meu livro “O Trem para Branquinha”
há um capítulo sobre Leonardo Kuhn (1830-1903), suíço imigrado para o Recife em
ano próximo a 1850 e que residiria o resto da vida nesta cidade, embora,
provavelmente, tenha morrido em Santa Rita (PB), onde sua filha Maria
Margarida, minha bisavó, possuía um engenho – depois, usina – de açúcar.
Leonardo e sua mulher, também chamada Maria Margarida, tiveram dois
filhos: minha bisavó (1864-1947), que se casou com o primeiro Manoel Sebastião
de Araújo Pedrosa (1853-1906), e Cornelio Otto Kuhn (1872-1946), que estudou
engenharia no Rio de Janeiro e seguiu carreira militar. Na então Capital da
República, Cornelio viveu toda a vida adulta, embora tenha tido passagens (a
trabalho) pela Paraíba na década de 1920.
Como engenheiro, Cornelio foi um dos
responsáveis pela construção do Forte de Copacabana, conforme comprovam
inúmeras notícias dos jornais da época, como a que anexei à presente postagem.
A foto e respectiva matéria saíram na “Gazeta de Notícias” (RJ), em 3/3/1916,
pág. 1.
Eu não tinha sequer pistas dos Kuhn
das gerações mais novas, até ser contatado por um deles, neto de Cornelio, na
semana passada. Guilherme Otto Kuhn é engenheiro e (não tenho certeza disso,
mas é prováavel) mora no Rio de Janeiro. Ele me descobriu pelo artigo sobre seu
bisavô Leonardo Kuhn, que publiquei em meu blog em 6/3/2016. Mais um motivo
para o meu agradecimento aos modernos meios de comunicação.
Guilherme me passou as informações
seguintes, apenas poucas das quais eu já sabia. Cornelio Otto Kuhn casou-se com Maria Luiza. Tiveram quatro filhos:
(1) Edith, que se casou com Clovis
Pedrosa (meu parente, pelo lado de meu bisavô materno Manoel Sebastião); (2) Leonardo, engenheiro, que se casou com
Isaura; (3) Maria Luíza, que
permaneceu solteira; e (4) Dagoberto,
arquiteto, que se casou com Neusa, bibliotecária. Esses dois foram os pais de
Guilherme Otto.
Neusa, de acordo com seu filho,
faleceu recentemente, aos 97 anos. Era bibliotecária e inteligentíssima. Falava
cinco idiomas. Dos quatro descendentes diretos de Cornelio Otto Kuhn, somente
Dagoberto teve filhos (Judith, Guilherme Otto, Inês e Luciano). Os netos de
Dagoberto são seis e, até onde pude saber, moram todos no Rio de Janeiro.
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