terça-feira, 11 de dezembro de 2018

ODILON PEDROSA, PADRE

(Da série "Os Pedrosa Escritores")
Gustavo Maia Gomes
(Recife, 28-11-2018)
Como seu parente Francisco Raimundo da Cunha Pedrosa (1847-1936), Odilon Alves Pedrosa (1901-c.1982), também seguiu a carreira sacerdotal, vindo a ser padre e monsenhor, além de jornalista atuante e autor de livros.
Ordenou-se presbítero em 1925, após estudos na Universidade Gregoriana, em Roma. De volta ao Brasil, por meio de jornais, assumiu posições ultramontanas [o ultramontanismo foi uma tardia reação de Roma, iniciada no século XIX, contra a Reforma protestante e o Estado laico] defendendo, em particular, o monopólio educacional católico.
Em “50 Anos Depois” (1975), Odilon escreveu: “No fim da segunda década deste século [vinte] dominava na vida da imprensa o gosto pelas polêmicas, discussões estéreis muitas vezes e quase sempre pouco caridosas. É que não faltava, de parte a parte, entre os contendores, o desrespeito, o achincalhe. Aproveito a ocasião para de tudo penitenciar-me. Quer parecer-me que, certas vezes, a ironia foi além da medida” (seção “Apresento-me”).
No seu livro “Tempo de Memória”, Alcindo Pedrosa (1900-1992), sobrinho-neto de Pedro da Cunha Pedrosa e de Francisco Raimundo da Cunha Pedrosa, inclui o padre Odilon entre seus familiares (e, portanto, também entre os meus), mas não especifica que tipo de parentesco existiu entre eles. Zenaide, nora de Alcindo, não me pôde ajudar, tampouco, a esse respeito. Nem, por enquanto, o Google.
O fato de ter nascido em São Vicente (hoje, São Vicente Ferrer, PE), não bastasse o depoimento de Alcindo, coloca Odilon entre os mesmos Pedrosa que incluíam, além dos já citados, também Manoel Sebastião de Araújo Pedrosa (1853-1906), meu bisavô.

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