sexta-feira, 16 de agosto de 2019

BURRICE TEM LIMITE?

Gustavo Maia Gomes
O presidente faz declarações desastradas, uma após a outra; submete-se a um pseudo-filósofo, cujo linguajar remete ao baixo meretrício. Um ministro da Educação idiota sucede outro retardado mental e vai à Câmara agredir os deputados, de quem o governo precisa para aprovar suas propostas.
Filhos do presidente, promovidos a eminências pardas, agem como sabotadores. Sem qualquer necessidade, abrem-se, ao mesmo tempo, várias frentes de luta, aglutinando os inimigos. Criando inimigos! Promove-se agressão indiscriminada à Universidade, onde há pessoas de todas as posições políticas e variados méritos acadêmicos.
Com tudo isso (e mais o que me dispensei de relembrar), o governo conseguiu, entre outras coisas, provocar protestos de multidões vermelhas -- não quero dizer que tenham sido apenas petistas --, até ontem, silenciadas pelo repúdio nacional às práticas corruptas e administração desastrosa de seu principal partido.
Rotular de idiotas todos os manifestantes -- como fez o presidente --, além de ser ofensivo, tira a legitimidade das multidões anteriores, cujos protestos foram um dos elementos que levaram à eleição do Sr. Bolsonaro.
Se permanecer assim, ele pode dar adeus à reforma da Previdência, ou a qualquer outra. E, como não parece ter nada mais a propor (o pacote anti-crime morreu antes do parto), apenas lhe restará assistir à caminhada de seu governo para um fim prematuro e melancólico. O triste fim de Policarpo Quaresma.
Há o real perigo -- seria, realmente, uma tragédia -- de que isso tudo nos traga de volta a quadrilha petista. Aí eu me pergunto: burrice tem limite?

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