quinta-feira, 26 de outubro de 2017

JULIO E CLARA (Um romance argentino no século XIX, Primeira Parte)

CLARA FUNES ROCA. El 2 de mayo de 1890, un tumor cerebral cerró la vida de doña Clara Funes, esposa del general Julio Argentino Roca, a los 41 años. El dos veces presidente y veterano militar, quedó profundamente afectado. Toda su dureza exterior desapareció ante el terrible suceso, y así lo comprueba la dolorida carta que escribió a su hermano Alejandro. Le decía que su esposa había sido “herida en la plenitud de su vida, cuando más falta hacía a sus hijos y más deseos tenía de vivir”. La casa quedaba vacía, “faltando ella que era un modelo y ejemplo de madre y esposa”. (Carlos Paez de la Torre H., La Gaceta, 14/8/2015)
16 de agosto · Recife · 
JULIO ARGENTINO ROCA (San Miguel de Tucumán, 17 de julio de 1843 – Buenos Aires, 19 de octubre de 1914) fue un político, militar y estadista argentino, artífice de la Conquista del Desierto, dos veces Presidente de la Nación –entre 1880 y 1886 y entre 1898 y 1904- y máximo representante de la Generación de Ochenta. Dirigió la política argentina durante más de treinta años a través del Partido Autonomista Nacional, partido que se mantuvo 42 años en el poder sin ninguna alternancia, tejiendo complejos sistemas de alianzas con distintas fuerzas, lo que le valió el mote de “el Zorro”. (Wikipedia)

“Soy Roca”, de Félix Luna, (Buenos Aires, Editorial Sudamerica, 1989; edição de bolso, 2005), é um livro extraordinário. Foi escrito como se fora uma memória ditada pelo seu personagem central. Impossível resenhá-lo de uma só vez, nas poucas linhas compatíveis com este espaço. De modo que o farei em pedaços. Começo com o menos importante dos seus temas: o amor. Ou seria o mais importante?
Julio Argentino Roca (1843-1914), nascido em Tucumán (um lugar pobre, à época) começou a vida adulta como militar e a continuou como político. Seu maior feito nos campos de batalha foi a “Conquista do Deserto”, em 1879. (A região, habitada por raros índios hostis, não é árida, mas fértil; compreende os pampas a sudoeste de Buenos Aires e a parte da Patagônia que se estende até o Rio Negro).
Como político, Julio foi senador e duas vezes presidente da República (1880-86 e 1898-1904). Em 1872, casou-se com Clara Dolores del Corazón de Jesús Funes y Díaz (1854-90), filha de uma família importante, com raízes aristocráticas, embora já não tão rica, de Córdoba.
Viveram juntos até a morte dela, dezoito anos depois. Eis as palavras atribuídas (não literalmente) por Félix Luna ao general, já então ex-presidente argentino, quando da morte de sua esposa:
"Pobre Clara. Creio que não fui para ela um bom companheiro, mas, certamente, senti seu desaparecimento como se o chão tremesse aos meus pés. Seus últimos anos comigo não foram felizes. Era uma autêntica dama cordobesa e não suportava a humilhação de se sentir enganada. Não compreendia que eu não a traía; simplesmente gozava de todos os meus triunfos. Se na política e na atividade militar havia alcançado o topo, por que haveria de negar-me a desfrutar conquistas que me eram tão atrativas quanto as do Deserto e da Presidência?" (pág. 269, edição de bolso).
O casal teve seis filhos: um homem e cinco mulheres. Clara cumpriu bem seu papel protocolar e o de mãe, sem que o marido jamais tivesse arrebatamento por ela. Para Julio Roca, tudo seria diferente com Guillermina María Mercedes de Oliveira Cézar y Diana (1870-1936).

(Continua em "Julio e Guillermina: Um romance argentino do século XIX, Segunda Parte")

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