quinta-feira, 26 de outubro de 2017

A PEDIDOS

Primeira página da primeira (e única) edição do Diário do Dia. (Havia, ou tinha havido, no Recife, o Diário da Noite, vespertino ligado ao Jornal do Commercio). Todo o conteúdo do jornalzinho satírico-humorístico foi escrito por mim, deslumbrado com a possibilidade de preparar um texto em três colunas, com ilustrações, etc. Era o começo de uma descoberta extraordinária, para mim e para tantos de nós: o mundo dos processadores de texto e, logo depois, o da internet e das redes sociais.
Última página do Diário do Dia. Peçonha de Moraes, como disse, existiu mesmo (com outro nome, claro). O Ari Timético da outra coluna foi inventado do nada.

Naquele tempo, não havia Facebooks; a internet ainda estava engatinhando. As coisas que a gente escrevia e, por uma razão ou por outra, não publicava em jornais ou revistas, circulavam, na melhor das hipóteses, entre dois ou três amigos de carne e osso.
Foi assim que, em 30/11/1994 (é 1994, mesmo; não 1995), enquanto experimentava meu primeiro PC movido a Windows, com o Word instalado, escrevi um jornalzinho de seis folhas. Escaneei a primeira e a última e as anexo aqui. Assim, atendo ao pedido de Jose Adalberto Ribeiro, o Profeta, e Ricardo Carvalho.
A paródia de que lhes falei está na página 6: "Eu avisei!" Embora seja óbvio, para os conhecedores, quem foi o inspirador do escritor fictício Peçonha de Moraes, ao rever o material, tantos anos depois, achei cruel explorar esse lado.

Sugiro, então que meu inventado Peçonha de Moraes represente os cronistas que, ainda hoje, proliferam pelos jornais e redes sociais, escrevendo coisas que ninguém entende. Se bem que, como o verdadeiro Peçonha, duvide que jamais apareça outro.

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