quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

NÃO QUERO FASCISTAS !


Gustavo Maia Gomes

A crescente visibilidade e influência no governo Bolsonaro de cristãos medievais, moralistas do século dezenove, simpatizantes de Goebbels - fascistas, enfim - é preocupante. E nos alerta para a necessidade de, sem correr o risco de trazer de volta o pesadelo petista, reduzir esse povo à insignificância política, nas próximas eleições.

Eu não votei em gente que idolatra um episódio horripilante da história ocidental. Votei contra o PT, que estava construindo no Brasil e tentando fazer o mesmo na América Latina uma coisa tão ruim quanto o nazi-fascismo. Votei nas promessas de racionalidade na política econômica. (E reconheço: nessa área, dentro do possível, as coisas caminham bem.)

Votei contra a idolatria hipócrita do "politicamente correto". Votei a favor de uma postura não-demagógica na educação, no tratamento das minorias, na questão ambiental. Votei contra a mediocridade dos intelectuais e jornalistas presos a um ideário político que, em nome de belos princípios, produziu apenas ditaduras sanguinárias, epidemias de fome, pobreza persistente e uma cultura de bajulação aos poderosos.

Votei contra a corrupção, também. Votei a favor dos princípios básicos das sociedades politicamente abertas e economicamente ricas: a liberdade de imprensa, o respeito à diversidade de opiniões e de valores, a separação entre o Estado e as igrejas, a propriedade privada, a livre iniciativa.

Joseph Goebbels, que voltou a discursar ontem na voz do secretário de Cultura de Bolsonaro, foi um fanático nazista que, ao perceber a inevitável derrota de Hitler, assassinou os seis filhos menores e se suicidou em seguida (ele e a mulher) escondido no último refúgio do ditador seu ídolo.

Que ele continue no inferno.

(Publicado no Facebook, 17/1/2020)

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